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29 de março de 2011

Resgate da Ética e da Cidadania


imagem do site www.muh.com.br

É inquestionável que passamos, nos últimos tempos, por uma crise ética, principalmente dentro da política nacional, sendo que ainda existem aqueles que conseguem mensurar ou emprestar gradação a esse conceito, dizendo-se mais ou menos éticos que outras pessoas. 

Porém, entendo que não existe uma gradação, uma mensuração nesse conceito, por entender a ética como um conceito uno e indivisível, não se encaixando em qualquer tipo de escala.

Mas há de se questionar: por qual motivo a ética tem sido mal-tratada e menosprezada em nosso país? Por qual motivo atitudes que deveriam causar repúdio e recriminação passam desapercebidas junto à maioria da população? Acredito que isso se deva, em grande parte, à falta de uma formação sólida e robusta, baseada em valores éticos, morais e principalmente de cidadania.

Meditando a respeito dessas questões filosóficas e existencialistas, sou tomado por um sentimento melancólico e saudosista, sendo remetido às minhas aulas de primeiro grau (hoje ensino fundamental) quando participávamos das aulas que enfocavam a organização social e política do Brasil além da educação moral e cívica. Existia também um momento cívico onde, o melhor aluno da classe era convidado a hastear a Bandeira, enquanto ouvíamos o Hino Nacional. 

É claro que alguns críticos poderão taxar-me de reacionário, por querer ver ressuscitadas disciplinas implantadas no currículo escolar em épocas de obscurantismo político e pouco memoráveis. 

Mesmo assim, faz falta nas salas de aula, freqüentadas por futuros eleitores e por formadores de opinião, temas como a estrutura dos poderes constituídos, das atribuições do presidente da República, de senadores e deputados federais, de quais são as funções essenciais do estado, para que serve cada um dos Três Poderes ou mesmo a repartição federativa de união, estados membros e municípios. 

A juventude, que em outros tempos buscava sua afirmação política, invadindo as ruas e conclamando a todos para mudar o sistema que não os agradava, o faziam justamente por terem uma noção exata de sua condição socio-política e por ver despertado o sentimento de civismo. 

Atualmente, as cores nacionais somente são exaltadas em época de competições esportivas internacionais. A “pátria de chuteiras” precisa ser também a pátria de homens éticos. Necessita ser a pátria de CIDADÃOS na mais pura acepção da palavra. 

Não podemos nos apequenar diante de tantas iniqüidades e darmos de ombros dizendo “de nada vale lutar”... ou “não vale a pena ser honesto ou ético”.

Por isso, reputo de fundamental importância uma modificação na legislação educacional com vistas a fazer incluir nos currículos escolares disciplinas que enfoquem noções de ética e cidadania e também de direito – isso porque cidadãos conscientes de seus direitos são também cidadãos conhecedores de seus deveres.

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