Páginas

17 de maio de 2011

O homem de 40

Meus amigos, cheguei a uma triste constatação. Nós, homens médios, de 40 e poucos anos, brancos, heteros, somos uma verdadeira minoria.
Isso mesmo. Nós, homens do sexo masculino mesmo, aqueles que nasceram homens e assim continuaram por toda a vida e  que chegaram aos quarenta,  sofremos preconceitos e discriminações, além de não termos uma, uminha sequer, política que nos inclua em algo. Nós sofremos várias discriminações e distinções em função das tantas políticas afirmativas e inclusitivas existentes para todas as outras minorias que, todas juntas, se transforma em uma maioria, fazendo por nos excluir.
Explico-me. Vamos começar pelos dias comemorativos: dia internacional da mulher, dia das crianças, dia do idoso… não nos encaixamos em nenhuma dessas datas festivas. Além disso, temos o dia do índio e o dia da consciência negra. Estamos fora de novo. Pra completar a “discriminação”, tem o dia do orgulho gay. Ora, meus amigos; respeito a orientação de cada um, aliás, cada um faz o que quer com o próprio nariz (não bem isso, mas o horário não permite...) sou hetero e me orgulho de ser assim, de gostar de mulher. Se tem homem que não gosta, fazer o que... mas justamente por ser homem, nem idoso nem criança, branco (nem índio, negro ou as derivações que resultam da nossa bendita miscigenação) e o pior, heterossexual, não existe um dia comemorativo no calendário dedicado a nós.
Por isso, você que se encaixa nesse estereótipo, vamos nos mobilizar e solicitar que incluam nosso dia no calendário, nem que seja no dia 29 de fevereiro, que acontece de quatro em quatro anos. Já estaria de bom tamanho...

12 de maio de 2011

GRIPE

Em resumo, hoje não estou conseguindo fazer nada... um porcariinha de um vírus tomou conta de mim, devastando todas as minhas defesas. Simplesmente veio, apoderou-se do campo de batalha, hasteou sua bandeira no terreno inimigo e apropriou-se da minha saúde, sem a menor hesitação. É impressionante como um ser tão pequeno (se é que possa ser chamado de ser) pode tombar uma máquina tão perfeita como o ser humano! Mas, graças ao bom Deus, nossa raça foi dotada de inteligência e, usando seus conhecimentos, é capaz de minimizar as ações de um batalhão de vírus, já que nossos anti corpos não são páreo para tanto.
A bagaça toda começa com um espirro, mais outro e outro ainda. Uma coceirinha na garganta seguida daquele famoso ‘hum-hum’... daí a pouco é um torpor na cabeça e a sensação de que todas as suas juntas foram deslocadas, na tentativa de lhe arrancarem os membros. Não dá vontade de fazer nada ou ver ninguém. A cara desfigurada, com os olhos sumidos dentro da órbita; o nariz inchado e vermelho como um pimentão, além daquele peculiar gosto de “cabo de guarda-chuva” na boca. Temos vontade de sumir e somente reaparecer quando um exército de AAS varrer o invasor de nosso organismo.
O mais “interessante” são as sensações que experimentamos: enquanto a cabeça está pegando fogo, dentro do sapato há um “iceberg”, de tão gelados estão os pés. Teoricamente, se uma extremidade está em brasa e a outra está congelando, o restante do corpo estaria em equilíbrio térmico, certo? Mas só na teoria! São calafrios que lhe cortam o corpo, dando vontade de vestir o mais pesado dos casacos, que logo depois é retirado, pois estamos vertendo suor por todos os poros de nosso corpo.
E o pior é que essas titiquinhas que são os vírus estão em constante mutação. Nunca poderemos enfrentá-los de igual para igual. Só medidas paliativas no “front”! Muita aspirina, saco de gelo na cabeça e bolsa de água quente nos pés. Se você cuidar da gripe, ela irá durar uma semana; mas se não cuidar, ficará bom em sete dias; ou seja, não há nada a fazer... Mas, vale a dica de nossas sábias avós: “canja de galinha, vitamina C e cama!!”. E, se nem a ancestral sabedoria surtir efeito, ainda contamos com uma última e derradeira arma: a poderosa e temida benzetacil ! Poderosa para os vírus, temida por nós... eu tomei e tenho a certeza de que vou ficar sentando de banda por uma semana!!

3 de maio de 2011

A Mulher de 30 Anos

Como são encantadoras as mulheres de 30. Não que as outras, em outras idades não tenham seus encantos, seu charme e seu lugar em nossos corações masculinos. Mas a mulher de 30 é “tecnologicamente perfeita”! Honorè de Balzac as eternizou em sua famosa obra A Mulher de 30 Anos. “Tome a mesma moça aos 20 e aos 30 anos. No segundo momento ela será umas sete ou oito vezes mais interessante, sedutora e irresistível do que no primeiro.” Ela perde o frescor juvenil, é verdade. Mas também o ar inseguro de quem ainda não sabe direito o que quer da vida, de si mesma e de um homem. Não sustenta mais aquele ar ingênuo, uma característica sexy da mulher de 20. Só que isso é compensado por outros atributos encantadores que reveste a mulher de 30.
Como se conhece melhor, ela é muito mais autêntica, centrada, certeira no trato consigo mesma e com seu homem. Aos 30, a mulher tem uma relação mais saudável com o próprio corpo, das suas carnes sinuosas.  Quer é ser feliz. Se o seu homem não gosta dela do jeito que é, que vá procurar outra. Ela só quer quem a mereça. Aos 30 anos, a mulher sabe se vestir. Domina a arte de valorizar os pontos fortes e disfarçar o que não interessa mostrar. Sabe escolher sapatos e acessórios, tecidos e decotes, maquiagem e corte de cabelo.
Aos 30, ela carrega um olhar muito mais matador quando interessa matar. E finge indiferença com muito mais competência quando interessa repelir. Aos 20, a mulher tem espinhas. Aos 30, tem pintas, encantadoras trilhas de pintas, que só sabem mesmo onde terminam uns poucos e sortudos escolhidos.
Sim, aos 20 a mulher é escolhida. Aos 30, é ela quem escolhe. E não veste mais calcinhas que não lhe favorecem. Só usa lingeries com altíssimo poder de fogo. Também aprende a se perfumar na dose certa, com a fragrância exata. A mulher de 30 dá gosto de olhar, captura os sentidos, provoca fome. Aos 30, ela é mais natural, sábia e serena. Menos ansiosa e menos estabanada.  
Aos 20 ela rói as unhas. Aos 30, constrói para si mãos plásticas e perfeitas. Ainda desenvolve um toque ao mesmo tempo firme e suave.  Acontece alguma coisa também com os cílios, o desenho das sobrancelhas, o jeito de olhar. Fica tudo mais glamouroso, mais sexualmente arguto. Aos 30, quando ousa, no que quer que seja, a mulher costuma acertar em cheio. Ela sabe dominar seu parceiro sem que ele se sinta dominado. Mostra a sua força na hora certa e de forma sutil. Não para exibir poder, mas para resolver tudo ao seu favor antes de chegar ao ponto de precisar exibi-lo. Consegue o que pretende, sem confrontos inúteis. Aos 30, elas sabem aonde querem chegar, e chegam.  E por tudo isso, Honorè de Balzac já dizia: “A mulher de 30 anos satisfaz tudo”!!! Quem sabe (sabia) de tudo, era o próprio Balzac.
*autor desconhecido. Adaptado por MGM