Páginas

5 de junho de 2012

Ronaldinho Gaúcho e as Focas

Talvez eu não seja assim tão conhecedor do futebol, ou então seja do estilo “futebol resultado”. Claro que gosto de ver um toque refinado, um jogo bem jogado. Acompanho o Flamengo e a Seleção Brasileira desde que tinha oito, dez anos de idade. Com isso, vi o Brasil ser “garfado” desavergonhadamente na Copa do Mundo de 1978, na Argentina, quando Zico já desfilava seu talento pelos gramados. 

Em 81, tive o privilégio de acompanhar o título mundial do meu Rubro-negro, disputado em Tokio. Ficar acordado até meia-noite para ver um jogo de futebol (e acompanhá-lo na íntegra) era uma proeza para um garoto de doze anos naquela época. 

A escalação desse timaço do Flamengo, sei de cabeça até hoje. E isso atualmente é uma coisa rara. Qual é o torcedor, por mais fanático que seja, que atualmente consegue declinar a escalação de seu time? Poucos, com certeza. Principalmente nesses tempos de um mercantilismo futebolístico exacerbado, onde o amor pelo dinheiro diz mais alto que o amor pela camisa. Nem eu mesmo sei atualmente a escalação do meu time. 

A saída do R10 do Flamengo só reforça uma teoria antiga no clube: craque se faz em casa! E porque? Por que ali se forja pessoas que vestem e honram a camisa do time; que são torcedores desde tenra idade e que, como todo garoto, sonha em ser um jogador de futebol. E ser jogador no time do coração, é uma realização fantástica. 

Quando o Ronaldinho Gaúcho foi para o Flamengo, em que pese toda a festa que a Sra. Amorim fez na época, melhor seria se não tivesse ido. Ele não tem qualquer compromisso com qualquer clube. Nem com o Grêmio (que o revelou), senão teria ido pra lá!! O compromisso que ele tem é com farra, noitada, dinheiro e mulheres. 

Já na sua passagem pelo Paris Saint-Germain, em 2001, Ronaldinho teve problemas com o treinador Luiz Fernández, que alegava que ele estava frequentando demais a vida noturna parisiense, e deixando o futebol de lado. 

Na Copa do Mundo de 2002, Ronaldinho teve certa  relevância na conquista do penta campeonato ao marcar aquele gol de falta contra a Inglaterra, na vitória do Brasil, de virada por 2-1, pelas quartas-de-final. 

Ele jura até hoje que chutou pra gol, mas ainda acho que foi obra do acaso. Pura sorte. E pior que isso: um jogador que faz um gol desses, que quer ajudar o time a se classificar, não faria uma presepada como a falta grave que fez em um jogador inglês e foi expulso, não participando do jogo da semifinal contra a Turquia. 

Na final contra a Alemanha, foi coadjuvante de Ronaldo e Rivaldo, que levaram o Brasil ao quinto título mundial. 

Considerado melhor jogador da Europa e do mundo, era a maior promessa brasileira para a Copa do Mundo de 2006, realizada na Alemanha. Porém, demonstrou um futebol aquém do que se esperava, não rendendo o que vinha rendendo no Barcelona. 

Sempre achei que seu desempenho em clubes era muito superior ao demonstrado na Seleção Brasileira, onde (salvo raríssimas exceções) nunca teve um papel decisivo. Sempre a mesma jogadinha pela esquerda: uma corridinha, uma finta, um drible, um chute de efeito. Mas efetividade mesmo, muito pouco... 

No Flamengo foi a mesma coisa... um jogador de talento... “tá lento” prá caramba!!! Chegava a dar sono muitas vezes vê-lo jogar. 

Daí, sinto-me à vontade em dizer que Ronaldinho Gaúcho e uma foca amestrada são muito parecidos. Muito malabarismo com a bola, muito “gueri-gueri”, mas sem objetividade. E tudo isso em troca de algumas sardinhas (digo, verdinhas) como recompensa. 

E no Flamengo não seria e não foi diferente. Um malabarista da bola. Mas pra isso, melhor que chamem a Milene Domingues, que além de fazer as mesmas graças com a redonda, ainda enfeitaria (e muito) o visual do time.